A volta do voto impresso ao debate político brasileiro é vista por especialistas como um perigoso retrocesso. Desde 1996, as urnas eletrônicas garantem eleições ágeis, seguras e auditáveis, reconhecidas internacionalmente como exemplo de eficiência.
Apesar disso, alguns políticos insistem em ressuscitar a pauta, muitas vezes com o objetivo de desqualificar o sistema eletrônico e lançar dúvidas sobre os resultados das urnas. Esse movimento, em grande parte, não busca aprimorar a democracia, mas criar um clima de desconfiança que fragiliza a credibilidade das eleições.
O voto impresso traria riscos sérios: possibilidade de violação do sigilo, fraudes manuais, aumento do tempo de apuração e um custo bilionário para os cofres públicos. Além disso, experiências semelhantes em outros países — como Alemanha e Holanda — foram abandonadas justamente por comprometer a segurança eleitoral.
O Brasil deveria avançar em mecanismos de transparência e participação cidadã, e não ceder a interesses políticos que usam o voto impresso como ferramenta para atacar a democracia. Voltar atrás nesse ponto não é modernizar: é colocar em risco uma das maiores conquistas democráticas do país.
