No intervalo entre os meses de setembro e outubro de 2025, a gestão do prefeito Wladimir (Garotinho) promoveu uma série de exonerações em massa de servidores comissionados e ocupantes de cargos públicos municipais. A ofensiva administrativa gerou surpresa e inquietação na máquina pública, despertando questionamentos sobre os critérios adotados e os impactos para a estabilidade e eficiência dos serviços públicos.
Relatos extraoficiais apontam que dezenas de funcionários ligados a secretarias e órgãos municipais foram desligados em editais sucessivos, muitos deles sem que fosse apresentada justificativa clara ou fundamentada à população. A movimentação foi interpretada por parte da sociedade como uma ação de reestruturação política, envolvendo substituições em cargos estratégicos para acomodar aliados e reforçar o controle administrativo.
A preocupação se estende à continuidade dos serviços públicos, uma vez que funções essenciais correm risco de permanecerem ociosas ou com falta de comando, sobretudo em momentos em que a demanda da população é intensa. Também há quem questione se tais exonerações observaram o devido processo legal e o respeito aos direitos dos servidores, especialmente no que se refere à preservação da estabilidade daqueles que a detêm ou têm direitos adquiridos.
Além disso, a movimentação acentuada alimenta percepções de instabilidade institucional e reforça o debate sobre governança pública: em que medida mudanças bruscas na estrutura administrativa contribuem para a eficiência ou acabam gerando descontinuidade, prejuízos orçamentários e insegurança no quadro funcional?
Em meio ao cenário, cresce o coro de vozes que exigem transparência: que sejam divulgados os nomes exonerados, os cargos supridos, os motivos de cada desligamento e os critérios adotados nas substituições. Só assim a população poderá acompanhar se tais mudanças atendem ao interesse coletivo ou refletem interesses meramente políticos.