Esse mês é muito importante para os profissionais da área de saúde, afinal Janeiro se inicia o debate sobre a saúde mental.
A campanha Janeiro Branco ocorre desde o ano de 2013, levantando debates importantes sobre a saúde mental, reforçados principalmente após a pandemia iniciada em 2020.
Em Campos dos Goytacazes, no meu primeiro mandato como vereador criei a lei 9.017/2020, que institui no calendário da cidade a semana de conscientização do ´Janeiro Branco´ justamente para que pudéssemos dar ao tema, a notoriedade que ele necessita. Trata-se de uma norma municipal aprovada por unanimidade na casa de leis.
Segundo o Instituto Sol a cada cinco pessoas, uma delas apresenta algum tipo de transtorno mental. Oitenta por cento desses casos não são identificados e nem recebem tratamento, sendo que cinquenta por cento deles surgem até os quatorze anos.
Quando criei a lei 9.017 sabia da necessidade de firmamos um marco de debate dentro de nossa cidade, afinal o número de pessoas sendo atendidas nos Centros municipais e também no HGG ( Hospital Geral de Guarus) aumentavam gradativamente e até hoje é preocupante.
Estudos publicados pela Revista Brasileira de Psiquiatria apontam que problemas vividos por famílias que estão sem renda, como a fome, o desamparo, a negligência e o desenvolvimento de doenças, são estressores que podem gerar graves prejuízos aos adolescentes.
Nossa cidade possui um número enorme de pessoas abaixo da linha da pobreza e isso é um gatilho considerável que deveria alertar o sistema de saúde de Campos.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população. Há também um enorme alerta sobre a saúde mental dos brasileiros, já que uma em cada quatro pessoas no país sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida.
Dados do último mapeamento sobre a doença realizado pela OMS apontam que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros. Em seguida, aparecem Cuba (5,5%), Barbados (5,4%), Paraguai (5,2%), Bahamas (5,2%), Uruguai (5%) e Chile (5%).
Que os profissionais de nosso município, principalmente os que trabalham com a saúde mental, possam se valer desse mês e dos regramentos da lei que criei para ampliar o debate e ajudar a quem precisa, afinal uma doença mental mal tratada por levar a morte e casos não faltam para ilustrar esse drama social.