Acabei de assistir a série Adolescência na Netflix. Trata-se de um soco no estômago de qualquer pai.
Sem querer dar qualquer spoiler, mas o enfoque dado não é ao assassinato que permeia a investigação e sim questões muito tocantes que norteiam a família de um menino de treze anos.
A vulnerabilidade da mente jovem, a potência e o risco da adolescência, a exposição em tempos digitais, os impactos das gerações e a crença de que o mundo virtual é seguro são questões expostas como perna fraturada.
Somos pais e essa missão é muito dura. Milhares de pais são consumidos por inúmeras tarefas diárias e se esquecem de abrir a porta do lado, do quarto onde está aquele filho quieto vivendo seu mundo particular.
Culpar pais por atos praticados por seus filhos é algo muito perigoso. Por outro lado, a escolha pela paternidade não retroage.
Uma série toda gravada em plano-sequência, ou seja, como uma técnica audiovisual em que uma cena é apresentada sem cortes, geralmente para acompanhar o personagem a partir de uma única perspectiva e ao longo de toda uma ação.
Uma série fantástica de apenas quatro capítulos. Sugiro um mergulho nela! Vai dar vontade de dormir abraçado com os filhos.
