A investida de uma comissão da Alerj no HGG levantou uma série de questões importantes e que precisam ser discutidas.
A primeira delas é diferenciar plantão do médico e eventuais substituições, questões normais e legais feitas em todo o Brasil.
Solicitar que alguém faça o seu plantão por motivos de força maior não é algo que mereça descrédito, pois pode sim, acontecer com qualquer profissional a necessidade de se ausentar do trabalho por fatores alheios a sua vontade.
Conheço vários profissionais que atuam no HGG, médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e psicólogos. Todos extremamente competentes e dedicados a função, afinal trabalhar no Hospital Geral de Guarus não é tarefa fácil.
A grande questão são as faltas injustificadas de alguns profissionais que acabam deixando uma lacuna dentro da operacionalidade do trabalho causando efeito cascata que acaba prejudicando a ponta do atendimento, onde se encontra o paciente na fila de espera.
Quando um profissional da área de saúde faz um concurso público ele sabe desde a publicação do edital do certame quantas horas ele deverá cumprir caso seja aprovado.
Sendo assim, inadmissível um profissional não estar presente no seu local de trabalho nos dias de sua escala, pois isso colapsa a máquina administrativa do hospital, influenciando negativamente nas altas e internações, bem como no atendimento, pois sobrecarrega aqueles que estão cumprindo corretamente com suas funções.
Em todos os hospitais há bons e maus profissionais e no HGG não seria diferente. O que não se pode fazer é generalizar como se todos que ali trabalham fizessem parte de uma estrutura irresponsável e incompetente, não é!
Por fim, que as constatações feitas pela comissão da Alerj sejam averiguadas pela Prefeitura de Campos, em processo administrativo interno, e com equipe disciplinar nomeada o mais rápido possível no Diário Oficial.
Vamos aguardar, pois nessa loucura toda quem mais sofre são os que precisam de atendimento público de qualidade.